Arte e tecnologia estão estreitamente relacionadas, e os ciclos de desenvolvimento de cada uma, que tem acontecido cada vez mais rápido, levam ao surgimento de novos valores e, consequentemente, de novos artistas, numa espiral crescente de possibilidades. É o que defende Rafael Sanches, o artista plastico que desenvolveu a ilustração da capa desta edição. Com uma obra reconhecida internacionalmente e que se destaca pela combinação única de cores marcantes e formas abstratas, o paulista de 30 anos afirma que seu trabalho, a construção de futuros possíveis, está intimamente relacionado a tecnologia. "O propósito do meu trabalho como criador é imaginar o futuro à minha maneira, usando tudo o que tenho como referencia, como background, trazendo o resultado para o presente para que o público possa fazer uma degustação por meio da arte, da moda e da arquitetura. E isso, é claro, se relaciona muito com o atual momento tecnológico em que vivemos", conta o artista. "A tecnologia sempre vai proporcionar novas maneiras de criar e maneiras autênticas de criatividade. Por isso, acredito na tecnologia como ferramenta. Nao se trata de querer ou não que ela exista, mas de saber como usar essa tecnologia a meu favor e a favor da sociedade. Como ela pode ser absorvida de uma maneira positiva. E é basicamente isso que eu faço hoje com meu trabalho. Sanches conta que tem se aprofundado nessa relação desde que sua pesquisa o direcionou a um estudo sobre futurismo e sobre a relação entre a arte e as novas tecnologias. Seja nos criptoativos, nos NETs, nas artes digitais ou nas tecnologias de maquinário, como a impressora de resina 3D, ele conta que são novidades que foram absorvidas em seu trabalho em seu processo de criação. Para a capa dessa edição, ele partiu de um questionamento sobre como seria o desenvolvimento da matemática e da ciência se Arquimedes tivesse um computador quântico para calcular o valor de PI na antiguidade, "A partir daí, eu colhi referências da minha própria linha do tempo, do meu próprio trabalho, das minhas raízes, que é basicamente como eu sempre faço, para um Raio X desse processo, como se o PI pudesse ser aberto para vermos todas as engrenagens tecnológicas, os cabos quânticos e toda a realização visual, Uma pesquisa que vai nesse direcionamento, não só por meio da minha simbologia, mas também de algumas características arquitetônicas" , explica o artista, cuja trajetória entrelaça moda, arte e arquitetura. Representante de uma nova geração de artistas urbanos brasileiros, Sanches entrou, em 2021, na lista "Forbes Under 30", que elenca empreendedores, criadores e artistas que transformam o seu meio. Aos 22 anos, mudou-se sozinho para São Paulo e, apesar da passagem por faculdade e escritórios de arquitetura, passou a viver através da venda de suas próprias telas. Desde então, com foco em tipografia, acumula murais pelo mundo em países como EUA, Irlanda e Holanda; e colaborações com grandes marcas como Jameson, BMW, Nike e Porsche, além de três exposições solo. Sanches também investiu na criação de uma marca de slow-fashion, a Filadelfio, que promove uma cadeia de consumo consciente e sustentável, para a qual abriu uma loja conceito no histórico Edifício Copan. E, na pandemia, criou a Casa Vista; uma instalação artística permanente em Extrema, Minas Gerais, que mescla arquitetura e arte em meio a natureza, Com paredes de vidro e energia solar, oferece ao hóspede uma relação direta e constante com a arte, além da contemplação, O projeto foi lançado no Airbnb em janeiro de 2021, tendo suas agenda do ano esgotada em poucos meses.
Arte e tecnologia estão estreitamente relacionadas, e os ciclos de desenvolvimento de cada uma, que tem acontecido cada vez mais rápido, levam ao surgimento de novos valores e, consequentemente, de novos artistas, numa espiral crescente de possibilidades. É o que defende Rafael Sanches, o artista plastico que desenvolveu a ilustração da capa desta edição. Com uma obra reconhecida internacionalmente e que se destaca pela combinação única de cores marcantes e formas abstratas, o paulista de 30 anos afirma que seu trabalho, a construção de futuros possíveis, está intimamente relacionado a tecnologia. "O propósito do meu trabalho como criador é imaginar o futuro à minha maneira, usando tudo o que tenho como referencia, como background, trazendo o resultado para o presente para que o público possa fazer uma degustação por meio da arte, da moda e da arquitetura. E isso, é claro, se relaciona muito com o atual momento tecnológico em que vivemos", conta o artista. "A tecnologia sempre vai proporcionar novas maneiras de criar e maneiras autênticas de criatividade. Por isso, acredito na tecnologia como ferramenta. Nao se trata de querer ou não que ela exista, mas de saber como usar essa tecnologia a meu favor e a favor da sociedade. Como ela pode ser absorvida de uma maneira positiva. E é basicamente isso que eu faço hoje com meu trabalho. Sanches conta que tem se aprofundado nessa relação desde que sua pesquisa o direcionou a um estudo sobre futurismo e sobre a relação entre a arte e as novas tecnologias. Seja nos criptoativos, nos NETs, nas artes digitais ou nas tecnologias de maquinário, como a impressora de resina 3D, ele conta que são novidades que foram absorvidas em seu trabalho em seu processo de criação. Para a capa dessa edição, ele partiu de um questionamento sobre como seria o desenvolvimento da matemática e da ciência se Arquimedes tivesse um computador quântico para calcular o valor de PI na antiguidade, "A partir daí, eu colhi referências da minha própria linha do tempo, do meu próprio trabalho, das minhas raízes, que é basicamente como eu sempre faço, para um Raio X desse processo, como se o PI pudesse ser aberto para vermos todas as engrenagens tecnológicas, os cabos quânticos e toda a realização visual, Uma pesquisa que vai nesse direcionamento, não só por meio da minha simbologia, mas também de algumas características arquitetônicas" , explica o artista, cuja trajetória entrelaça moda, arte e arquitetura. Representante de uma nova geração de artistas urbanos brasileiros, Sanches entrou, em 2021, na lista "Forbes Under 30", que elenca empreendedores, criadores e artistas que transformam o seu meio. Aos 22 anos, mudou-se sozinho para São Paulo e, apesar da passagem por faculdade e escritórios de arquitetura, passou a viver através da venda de suas próprias telas. Desde então, com foco em tipografia, acumula murais pelo mundo em países como EUA, Irlanda e Holanda; e colaborações com grandes marcas como Jameson, BMW, Nike e Porsche, além de três exposições solo. Sanches também investiu na criação de uma marca de slow-fashion, a Filadelfio, que promove uma cadeia de consumo consciente e sustentável, para a qual abriu uma loja conceito no histórico Edifício Copan. E, na pandemia, criou a Casa Vista; uma instalação artística permanente em Extrema, Minas Gerais, que mescla arquitetura e arte em meio a natureza, Com paredes de vidro e energia solar, oferece ao hóspede uma relação direta e constante com a arte, além da contemplação, O projeto foi lançado no Airbnb em janeiro de 2021, tendo suas agenda do ano esgotada em poucos meses.